tecnologia

Presidente-executivo do Facebook anuncia integração entre WhatsApp e Messenger

Folhapress

Foto: Adriana Toffetti (Divulgação)

O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou nesta quarta-feira que integrará o Messenger e o WhatsApp em uma única plataforma de conversas, com "foco em privacidade".

- Planejamos começar a permitir que você envie mensagens para seus contatos usando qualquer um de nossos serviços e, em seguida, estenda essa interoperabilidade para o SMS também - disse Zuckerberg.

Segundo ele, o usuário será capaz de manter as contas separadas se desejar.

- Quando penso no futuro da internet, acredito que uma plataforma de comunicações com foco em privacidade se tornará mais importante do que hoje as plataformas abertas de hoje - conta.

Em um grande texto com foco em privacidade -discurso já esperado diante do escrutínio que a empresa enfrenta de reguladores - Zuckerberg diz que o Facebook não tem uma "reputação forte" em construir serviços baseados em privacidade e que historicamente focou em "ferramentas mais abertas".

Segundo o texto, a troca de mensagens será a mais segura possível, com foco em interações privadas, criptografia, segurança, interoperabilidade e armazenamento seguro.

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Nesse último ponto, Zuckerberg diz que as pessoas têm expectativa de que a empresa não guarde dados sensíveis em países que atacam direitos humanos como privacidade e liberdade de expressão, o que pode ser um indicativo de que ele finalmente desistirá de entrar na China, que controla a internet dos cidadãos.

Há alguns anos, Zuckerberg quer levar o acesso ao Facebook aos cerca de 800 milhões de chineses conectados, mas sofre negativas do governo chinês, que não tem interesse na plataforma e prioriza o uso do WeChat, superapp que reúne uma série de serviços, de comunicações a transporte e alimentação.

A mudança leva o Facebook a um acesso cada vez maior às pessoas e surge um ano depois de seu maior escândalo de violação à privacidade e uso irregular de dados. Em março de 2018, denúncias mostraram que a consultoria política Cambridge Analytica, contratada pela campanha de Donald Trump, conseguiu direcionar propaganda a pessoas que não haviam autorizado o uso de suas informações para um aplicativo na plataforma.

Desde então, a empresa passou por uma série de casos relativos à segurança de dados pessoais e encara pressão de autoridades e da opinião pública.

Apesar de quedas nas ações em 2018, a saúde financeira da companhia é estável e a plataforma atingiu novo recorde no número de usuários em seu último balanço, que chegou a 2,53 bilhões por mês.

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